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Idosa de 76 anos é brutalmente agredida pela filha em Caratinga: tentativa de homicídio foi impedida por familiar

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Caratinga, 6 de agosto de 2025 — Um caso de violência doméstica de extrema gravidade chocou moradores de Caratinga nesta semana. Uma senhora de 76 anos foi vítima de uma tentativa de homicídio praticada pela própria filha, de 50 anos, na última segunda-feira (4). O crime só não teve um desfecho ainda mais trágico graças à intervenção do irmão da agressora, que chegou a tempo de conter a mulher.

Segundo informações do advogado da vítima, André Gustavo Magalhães, que representa a família no processo, a agressora tentou sufocar a mãe por enforcamento, durante um ataque de fúria. “Trata-se de uma senhora idosa, com diversas comorbidades, que sofreu uma tentativa de homicídio pela própria filha. Segundo o auto de prisão em flagrante, ela tentou tirar a vida da mãe por asfixia”, relatou o advogado.

Histórico de agressões e ameaças

Ainda de acordo com Magalhães, o caso não foi um episódio isolado. Em 28 de maio deste ano, a filha já havia simulado um mal súbito da mãe para conseguir entrar na casa dela e ameaçá-la. Na ocasião, vizinhos abriram o portão por acreditarem que se tratava de uma emergência. “Desde então, a idosa vivia com medo, e episódios de agressividade por parte da filha já haviam sido registrados”, explicou o advogado.

Naquela ocasião, a agressora ameaçou internar a mãe em um asilo e afirmou que ela “morreria sozinha”. Também ameaçou outros familiares. Após o episódio, os filhos da vítima registraram boletim de ocorrência e solicitaram medidas protetivas, que infelizmente não impediram a reincidência da violência.

Ataque violento e prisão em flagrante

No ataque mais recente, a filha entrou novamente na casa sob o pretexto de que a mãe estava passando mal. Dentro da residência, agrediu a idosa com socos, tapas e chegou a bater a cabeça dela contra o chão. A tentativa de homicídio foi interrompida quando o irmão da agressora chegou ao local e conseguiu contê-la até a chegada da polícia.

A vítima sofreu diversos ferimentos e hematomas e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para realização de exames. A agressora também foi levada à UPA, onde passou mal e precisou ser internada, mas permanece sob escolta policial. Sua prisão em flagrante foi ratificada e convertida em prisão preventiva.

Ela foi enquadrada no artigo 121-A do Código Penal, que trata do feminicídio, considerando a tentativa de homicídio com motivação baseada em violência doméstica.

Família teme nova agressão

Segundo o advogado, a família teme que a agressora venha a ser solta. “A idosa mora com um dos filhos, que é caminhoneiro e passa longos períodos fora. Existe um risco real à integridade física e psicológica da vítima, caso a agressora seja colocada em liberdade”, afirma Magalhães.

A motivação exata para a agressão ainda é incerta. A família relata que a mulher já apresentava comportamentos agressivos, tinha problemas com o ex-companheiro, perdeu a guarda do filho menor e passou a residir em Caratinga. Também há relatos de uso de álcool e entorpecentes, além de possíveis transtornos psicológicos.

Atuação jurídica e confiança na Justiça

O advogado André Gustavo ressalta a importância do acompanhamento jurídico nesses casos, inclusive como assistente de acusação. “Nosso papel é garantir que a vítima tenha respaldo, proteção e que a justiça seja feita. O trabalho envolve não só aspectos legais, mas também acolhimento e segurança para a família.”

A família da vítima declarou estar satisfeita com a atuação da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que atuaram de forma rápida e eficaz para garantir a prisão da agressora. “Acreditamos que a prisão preventiva trará mais segurança e paz para essa senhora e para todos os envolvidos,” concluiu o advogado.

O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades, e a expectativa é de que a Justiça mantenha a detenção da agressora para preservar a integridade da vítima

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